Rui Coelho
Licenciado em Ciência Política pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
"Encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros."
mu·dar - Conjugar
(latim muto, -are)
verbo transitivo, intransitivo e pronominal
1. Fazer ou sofrer alteração. = ALTERAR, MODIFICAR, TRANSFORMAR ≠ CONSERVAR, MANTER 2. Variar de habitação ou residência. 3. Tirar de um lugar ou posição para outro. = DESLOCAR, MOVER, TRANSFERIR 4. Substituir, trocar. 5. Dispor ou apresentar-se de outra forma. = MODIFICAR, RENOVAR 6. Dar outra orientação, direção ou sentido. = REDEFINIR, REDIRECIONAR 7. Estar na muda (da pena, da pele etc.), 8. Cambiar, variar.
Fonte: Priberam
Parece fácil explicar não é? Tão simples como uma ida ao dicionário. Explicar é fácil... O pior é fazê-lo e saber o que temos de mudar e porque é que temos de mudar.
Mudar?
Mudar o quê?
Mudar porquê?
Porque alguém quer?
E porque não muda esse alguém?
Seria muito mais confortável para mim, mas... Porque não mudo eu?
Porque não mudamos todos?
Porque não emendamos o que sabemos que está totalmente errado?
Porque é que continuamos a fazer asneiras sabendo que estamos a magoar alguém?
Porque tantas perguntas?
Porque é que não temos respostas?
Porque é que fazemos perguntas e não damos respostas?
Somos assim, um ser, que, incontornavelmente, faz perguntas às quais pretende que outros obtenham respostas. Não nos damos ao trabalho de procurar saber aquilo que nos apoquenta mas que não nos interessa totalmente, se eu não me interesso em mudar para que é que vou querer saber porque é que os outros gostavam que mudasse? Para nada, só vou estar a ouvir pessoas a falarem para mim. E na minha cabeça? Na minha cabeça vão estar coisas tão simples como "Vá, fala, fala para aí, nem quero saber o que dizes" ou então "Aí, mas será que não se cansa? Ainda não percebeu que quem está mal que se mude?"
É isso mesmo o nosso mal, mesmo estando na pior posição não nos mudamos somos comodistas, não queremos sair do sitio onde estamos e nos habituaram a estar. Se está mal? Não nos preocupa... Se fica pior? Há-de melhorar. E andamos assim, há uns bons anos a deixar que brinquem connosco, com a nossa vida.
Devíamos ser mais ativos e tentar mudar, mudar o que não está bem. Começar pelas pequenas coisas para podermos chegar cada vez mais longe e, quem sabe, mudar o país. Se não fossemos tão comodistas Portugal não estava na situação que está e o Governo não fazia de nós o que faz.
Governo? Afinal o que é isso? Ou o que devia ser?
Para uns devia "zelar pelo bem estar dos cidadãos", para outros "Se o governo conseguir garantir as igualdades de direitos e de oportunidades e proteger os portugueses dos perigos do exterior, é um bom governo" ou "A função deles devia ser lutar pelo civismo e atualizar as regras à cultura que se vai alterando. A prioridade seria tentar lutar para que os cidadãos portugueses estivessem bem e felizes e para que não existissem tantos desfavorecidos".
Então e se perguntarmos se cumprem com isso? Muitas das respostas são negativas. "Se cumprissem não estaríamos a passar por estas situações horríveis, o número de sem-abrigos aumentou de 2012 para 2013" "Obrigações? Deveres? Eles sabem o que é isso?" "Retirar pensões, sermos um dos países com os ordenados mínimos mais baixos" isso é "zelar pelo bem dos cidadãos"? NÃO!
Temos de mudar, temos de fazer mudar! Não podemos pensar que somos só uma gota de água no oceano, temos de pensar que somos parte do oceano e que a onda da mudança pode começar connosco. Temos que abrir horizontes e fazer com que a nossa vida melhore e depois disso? Depois disso temos de fazer com que a vida deste e daquele seja diferente e ai sim mudamos e fazemos a diferença!
Eu quero mudar e quero fazer a diferença! E tu?
Autor: Jéssica Catarina Marques